1977, 2008

Torcida corinthiana comemora a saida da fila após 23 anos de jejum

outubro 28, 2008 at 4:08 pm Deixe um comentário

O Coringão voltou…

Muito já se escreveu sobre a queda à série B e o retorno à série A. Não tenho nada de interessante a acrescentar além do que já foi dito.

Só queria dizer que, sentado em frente à TV no dia 2 de dezembro do ano passado, não consegui chorar pelo rebaixamento, apesar do enorme sofrimento. No sábado, após o final da partida contra o Ceará, também não chorei quando se confirmou o acesso, apesar da enorme alegria.

Foi apenas hoje, no meio da tarde, que de repente comecei a sentir a garganta apertada e os olhos embaçados. Chorei, chorei e chorei, ao perceber que havia recuperado algo que eu não sabia que tinha perdido.  Mais que isso; que eu nem me dava conta que existia.

outubro 27, 2008 at 5:58 pm Deixe um comentário

Mudei meu voto

Na última hora, já dentro da cabine de votação, decidi mudar de idéia. No primeiro turno fui de 99 na cabeça. No segundo turno, achei melhor mudar e votei 88.

outubro 27, 2008 at 11:26 am Deixe um comentário

Por quê Nulo?

Porque Kassab é do Democratas, ex-PFL.

E porque Marta prometeu internet grátis wi-fi pra todo o município em 4 anos. E quem promete o que sabe que não vai cumprir, pois impossível, não merece o meu voto.

outubro 24, 2008 at 6:06 pm Deixe um comentário

99

Nem Kassab, nem Marta. Voto nulo, com muito orgulho, com muito amor.

outubro 23, 2008 at 5:18 pm Deixe um comentário

Enfim

O post aí abaixo data de 28 de agosto de 2007. Um ano, um mês e vinte e cinco dias atrás. Quase exatamente mais ou menos uns 400 e poucos dias de muito trabalho, e nenhum tempo para blogar.

Mas eis que a crise do Sub-prime aportou no Brasil, elevando o dólar da casa de R$ 1,60 para o patamar de $2,20. Não, R$ 2,50. Peraí, caiu, R$ 2,30. Subiu de novo, R$ 2,35. Bom, o dólar está custando bem pra lá de R$ 2,00. Isso gerou uma certa incerteza (dá-lhe Humberto Gessinger!) no mercado, as vendas caíram, o trabalho diminuiu e eis que me vejo com tempo suficiente pra voltar a colocar letrinhas pretas sobre um fundo branco que quase ninguém lerá.

Ainda não se sabe quanto tempo durará essa fase. Esperamos que a eleição do dia 04 de novembro venha a clarear um pouco a situação. Talvez Henrique Meirelles tenha uma carta na manga. Talvez não.

Enfim, que seja um período agradável para todos os envolvidos.

outubro 23, 2008 at 5:16 pm Deixe um comentário

Tentando brecar o êxodo

A venda de Carlos Eduardo para o TSG Hoffenheim, da 2ª divisão alemã, evidenciou duas coisas:

1) O futebol brasileiro não tem mais condição de segurar jogadores de talento;

2) Não só a cartolagem, mas também a mídia esportiva se ressentem do fim do regime escravagista do passe.

O jornalismo esportivo como um todo caiu de pau em cima da diretoria do Grêmio, e em menor parte, do próprio jogador. Mas o grande criticado foi Pelé, que dá nome à lei que permite que um jogador possa escolher aonde quer jogar.

Que tal reformar a legislação que rege os clubes para evitar má administração? Nem pensar… Que tal melhorar as condições do campeonato nacional para que os jogadores queiram ficar no país? Não, deixa pra lá. O certo é criar um mecanismo que impeça os jogadores de saírem do país, mesmo que essa seja a vontade deles.

Eita povinho chegado num autoritarismo…

agosto 28, 2007 at 1:21 pm 1 comentário

Harry Potter – o fim da saga

Terminei de ler nesse final de semana o último episódio da série Harry Potter. E não tenho vergonha nenhuma de dizer que gostei muito, muito mesmo. Não é uma obra literária revolucionária, mas tem muitas e enormes qualidades. J.K. Rowling conseguiu criar uma fábula maravilhosa, comparável a outros sucessos como Guerra nas Estrelas e O Senhor dos Anéis. E com a incrível vantagem de estar ancorada no público infantil.

Harry Potter é um herói, mas antes de tudo é humano. Sente dor, fome, raiva, e é capaz de agir com enorme mesquinharia. Magoa os amigos, e às vezes se deixa levar pelo egoísmo e pelo orgulho. Eu não consigo me lembrar de outro personagem que tenha mostrado às crianças que heroísmo não é perfeição. Que perfeição não existe, e que o verdadeiro herói é aquele que sabe reconhecer e superar suas limitações e defeitos.

A rigor, não existe nenhum elemento novo na história do bruxo. Todos os arquétipos junguianos estão presentes: o herói, o vilão, o mentor, o arauto; bem como estão presentes os valores mais básicos da humanidade como amor, lealdade, respeito e amizade. E justamente por isso é universal: qualquer pessoa, de qualquer cultura, criança ou adulto, entende o conflito do herói e se envolve com a história. E por alguns dias, vive a emoção de ser um bruxo.

agosto 27, 2007 at 7:00 pm Deixe um comentário

Programa Bolsa Família: 1/4

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome divulgou ontem um relatório com o perfil das famílias atendidas pelo programa Bolsa Família do Governo Federal. O relatório traz informações bastante interessantes.

A mais chocante é também a mais básica: o número de pessoas atendidas. São 45.889.911 cidadãos que recebem dinheiro do governo federal. De acordo com o último Censo realizado no país, a população total é de 169.799.170. Vamos dizer que a população tenha crescido 5% de 2000 até hoje, e arredondar pra cima: 180 milhões de pessoas vivem no Brasil. Dessas, 45 milhões precisam de ajuda governamental pra sobreviver. O número corresponde a 25% da população.

De cada 4 brasileiros, 1 é atendido pelo Bolsa Família. E eu, honestamente, não consigo julgar se isso é bom ou ruim. É uma tragédia que 1/4 da população precise desse tipo de ajuda, e seria pior ainda sem o programa. Mas o governo não deveria estar trabalhando pra aumentar a economia e diminuir a ajuda ao invés de aumentar a carga tributária pra poder aumentar a ajuda? O governo trabalha pra tratar os sintomas, mas não se preocupa em curar o paciente.

Ainda assim… são 45 milhões de pessoas a menos morrendo de fome. Mas o governo não deveria estar investindo em educação, pra que menos pessoas precisem do Bolsa Família? Não deveria estar investindo em infra-estrutura? Energia, transporte? Não deveria estar desonerando a produção pra gerar crescimento? Não deveria diminuir os encargos trabalhistas pra aumentar o emprego?

O governo deveria fazer tudo isso, é claro. Mas já que não se faz o que se deve, pelo menos 45 milhões de pessoas levam uma vida menos miserável.

Só que nessa toada, logo logo metade do país pagará impostos pra sustentar a outra metade.

Como vocês podem ver, eu tenho muito mais dúvidas que certezas. Se é que tenho alguma certeza.

agosto 22, 2007 at 11:12 am 2 comentários

Deixe estar

let-it-be-cover.jpgDepois da morte de Brian Epstein, a maionese dos Beatles começou a desandar. Faltava a eles alguém que controlasse os negócios e o dinheiro sem que o trabalho artístico ficasse comprometido. Quando tomaram a decisão de se auto-empresariar, perceberam que não existe negócio que resista à administração de 4 pessoas diferentes.

Aos poucos, Paul McCartney foi tomando as rédeas e assumindo o controle. Afinal de contas, alguém tinha que fazer o trabalho. E sejamos justos, quando comparamos a trajetória solo de cada um deles, fica claro que Paul realmente era o mais indicado para o serviço. Mas nem sempre a melhor solução é a solução possível.

E esse foi um dos motivos (entre vários outros) pelo qual a banda rachou. E foi com a banda trincada que eles gravaram Let it Be.

A impressão que eu tenho ao assistir o filme, e ao ver as fotos, é que eles não estavam se divertindo. Tirando McCartney, eles parecem o tempo todo meio emburrados, meio tristes. É impossível saber o que se passava nos estúdios de Twickenham e da Apple, mas o clima certamente não era dos melhores.

let-it-be-02.jpg let-it-be-01.jpg

Ainda assim, o resultado final não fica abaixo do que se espera de uma banda como os Beatles. As músicas são mais pessoais; Across the Universe e Dig a pony são músicas de Lennon. I me Mine e For you blue são certamente George Harrison. Get Back, Let it be e the Long and Widing Road são o mais puro McCartney. Poderiam estar nos discos solo de cada um.

paul-long-wi.jpg

Mas a grandiosidade de Let it Be está em Two of us, One after 909 e principalmente em I’ve got a feeling. A primeira é de Paul, mas com uma levada folk com a cara de Lennon, e com vocais belamente dobrados. One after 909 é dos primórdios dos Beatles, resgatada dos tempos de bebedeira e amizade juvenil de Hamburgo. São velhos amigos que se encontram e relembram como era divertida aquela época.I’ve got a feeling reencontra os melhores momentos de Lennon e McCartney. Provavelmente é a junção de duas composições, uma de cada um. Paul deve ter escrito o trecho inicial enquanto a segunda parte é de Lennon. E no final as duas se sobrepõe, cada um cantando a sua parte, mostrando que melhor que Lennon e McCartney é Lennon+McCartney.

Terminado o álbum, eles fizeram o famoso show no telhado do prédio da Apple Corps. E lá, pareciam amigos novamente.

rooftop1.jpg

Velhos amigos se divertindo, simplesmente fazendo um som juntos. Sem ter que pensar em dinheiro, imposto de renda, briga de egos, esposas. Lá em cima eles não eram “The Beatles”, eram 4 amigos fazendo um som. E nisso eles eram – e ainda são – imbatíveis.

agosto 16, 2007 at 11:48 am Deixe um comentário

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